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segunda-feira, maio 31, 2004
 



Isto não tem nada a ver com futebol!
O site da campanha é o www.FORCAPORTUGAL.org
 
quarta-feira, maio 26, 2004
 
Que lástima querida Fátima...
A campanha da coligação "Forca Portugal" é uma vergonha, nem o Berlusconi foi tão básico no raciocínio...
 
quarta-feira, maio 12, 2004
 
Mr. George Bush, President of United States of America - NOFX
 
 
O New York Times anda preocupado com o que o Lula bebe.
Bush (mais uma vez) confessou-se aturdido com a notícia.
 
sexta-feira, maio 07, 2004
 
A REVOLTA DOS BÁRBAROS

O último "JA" de Janeiro, Fevereiro e Março de 2004, foi consagrado à "minha geração".
Até há bem pouco tempo considerava que o tema das gerações me estaria de alguma forma alheio. Não me conseguindo encaixar em nenhuma geração, parecia-me que a discussão seria mais de índole futebolística - tipo selecção nacional de Sub-17 vs Veteranos. Contudo a minha opinião inverteu-se quando, numa reunião de arquitectos, me foi dito que abordar a questão dos salários seria uma temática fracturante da classe, ao que respondi que para a "minha geração" fracturante seria não o abordar.
Assim este texto parte da seguinte premissa - ser jovem arquitecto, na actualidade, é uma condição social.
Lendo as diversas opiniões sobre a "minha geração", interessa-me sobretudo o texto do Alexandre Alves Costa que coloca uma série de questões de fundo em detrimento dos clichés habituais.
A reflexão do Alexandre Alves Costa é uma inteligente sinopse de vários momentos do séc. XX em que o 25 de Abril e o processo revolucionário subsequente se afirmam como denominador comum de toda a construção do texto.
A primeira questão que o texto me levanta é o facto da geração dos Filhos de Abril ainda não existir ou ser uma criança durante a Revolução. Ou seja, tenho dúvidas que para a construção de uma tese sobre uma determinada geração se possa partir de um elemento que ela fisicamente não presenciou.
Por mais que me custe dizê-lo, as primeiras memórias políticas da "minha geração" remontam aos Governos do Bloco Central ou de Cavaco , chegámos à arquitectura com a queda do Muro de Berlim, a divisão da União Soviética e com a Guerra do Golfo, e demos os primeiros passos na profissão com a Guerra dos Balcãs, Iraque II e Afeganistão. A "minha geração" não leu Althusser nem Breton, mas lê Naomi Klein, Negri, Virilio ou Arundhati Roy.
Poder-se-ia, contudo, dizer que esta geração não aproveitou as "portas que Abril abriu", as "liberdades" ou a "democracia", deixando-se enredar na trama dos individualismos - argumento com o qual até posso concordar. Mas julgo que o Alexandre também concordará que "as portas que Abril abriu" têm vindo passo a passo a ser fechadas (até ao último R) o que não poderá ser só imputável à "minha geração".
A "minha geração" viveu in situ a neoliberalização das Universidades, perdeu a guerra das propinas, e assistiu ao aumento exponencial das licenciaturas de arquitectura. Ao chegar ao mercado de trabalho vive neste regime de exploração que se agrava de dia para dia. Daí resulta a condição de que parti para este texto: ser jovem arquitecto em Portugal é uma condição social.
Dir-se-ia que somos culpados em aceitar salários de miséria, dir-se-ia que aceitar o trabalho não remunerado é promover a concorrência desleal, dir-se-ia que não o denunciar é deontologicamente questionável, dir-se-ia que somos burgueses e que se realmente precisássemos de sobreviver não aceitávamos esta condição.
Mas este fascismo social que as universidades instituem e o mercado aplaude , onde se impõe um mestre dizendo ao discípulo que ainda está sob aprendizagem, fazendo-o crer que a sua actividade produtiva não tem tradução em termos económicos, ou que tem de dar a alma ao ofício vendendo primeiro o corpo, directa após directa, não é mais do que uma escravatura dos tempos modernos.
Essa nova forma de fascismo é uma condicionante fundamental que marca toda uma geração e, isso não pode ficar à margem de uma análise da "minha geração".
Neste ponto tenho a certeza que tanto o e-studio (atelier do qual faço parte com mais 4 colegas) como o Atelier 15 concordam. É necessário um esforço tremendo a escritórios que não alinham neste fascismo quando concorrem em concursos contra outros que arregimentam um batalhão de estagiários.
Também me interessa os discursos que são feitos em torno das imagens - "não constituindo construção de alternativas metodológicas para o exercício disciplinar" .
Ora o problema das imagens, do 3D ou do Photoshop, não se põe para os ateliers constituídos pela nova geração. Esta geração domina essas ferramentas que surgem actualmente como uma forma de expressão e comunicação de uma ideia, tal como um esquisso. Na minha opinião o esquisso do Monumento às Associações de Moradores do Siza é tão virtual como o 3D da Casa do Voo dos Pássaros do Bernardo Rodrigues, sendo igualmente legítimos como forma de expressão de uma ideia arquitectónica.
Parece-me mais estranho é a utilização dos 3D's, Photoshop's e afins por parte de quem não domina directamente esses instrumentos, dando a outros a oportunidade de fazer a "imagem" daquilo que não lhes vai na alma.
Por último vem a constatação de que cada vez é maior o número de jovens arquitectos que se associam para abrir atelier. Divide-se as despesas numa primeira fase, fazem-se concursos, sobrevive-se. Pondo de lado a vontade de estrelato de que tanto somos acusados, baralham o sistema quando se assumem com um nome de grupo (Auz, a.s*, Emitflesti ou Stereomatrix), em detrimento das individualidades. Um atelier da contemporaneidade é cada vez mais o produto de quem nele trabalha e não das estrelas que o encabeçam.
A última estação é a Esperança, claro. Olhar para o rol de quinze escolhidos e ver que muitos ficaram de fora. E assim se fará a revolta dos bárbaros!



1. Costa, Alexandre Alves. "Os Modernos são em geral superiores aos antigos." Jornal dos Arquitectos, Janeiro, Fevereiro e Março 2004, pp. 8-13.
2. Chamo Filhos de Abril pois esta denominação parece-me mais correcta que a de Geração X - retirado de um livro publicado há 13 anos, sobre uma geração dos Anos 80
3. Só assim Mário Soares ou Freitas do Amaral podem ser vistos hoje como adeptos dos movimentos anti-globalização
4. Muitas vezes o Mercado e a Universidade até são a mesma pessoa.
5. Costa, Alexandre Alves. "Os Modernos são em geral superiores aos antigos." Jornal dos Arquitectos, Janeiro, Fevereiro e Março 2004, pp. 8-13.


 
 
Abre-se, assim, um espaço dedicado ao tema GERAÇÕES
 
 
Hoje recebi este email:

Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:
1. "Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus."
2. "Não tenho mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se a juventude de hoje tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível."
3. "Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe."
4. "Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura."
Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases.
Então, revelou a origem delas:
A primeira é de Sócrates (470-399 a.C.)
A segunda é de Hesíodo (720 a.C.)
A terceira é de um sacerdote do ano 2000 a.C.
E a quarta estava escrita em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilónia e tem mais de 4000 anos de existência.
O conflito de gerações é normal e a geração que está sendo substituída sempre tenta diminuir as capacidades da que está ascendendo.
Porém, toda Juventude tem poder de transformação, e deve usá-lo para criar sociedades mais justas.
 
Notícias da Resistência | desde Agosto de 2003 m@il | tiagoms3@yahoo.com.br




  • "(...) porque Cavaco simboliza aquilo que mais náuseas me provoca: a banalização de tudo, o sucesso ranhoso e vazio, o atropelo dos valores e das pessoas, o autoritarismo descabelado, a demagogia, o nacional-carreirismo e os favores, a aldrabice e a cunha, a indiferença, o elogio da pirosice, a ignorância e a escandalosa nulidade cultural, etc, etc..."
    Al berto, "NEM MAIS - jornal do movimento de jovens apoiantes incondicionais de sampaio", 1995




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