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sexta-feira, setembro 30, 2005
 

Estamos neste momento a assistir a uma reentrada de boys em todo o aparelho de estado. No que diz respeito à arquitectura será anunciada nos próximos dias uma remodelação significativa...
 
 
As eleições presidênciais têm retirado protagonismo às eleições autárquicas, o que é uma pena pois as Assembleias Municipais, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia são das instituições mais próximas do cidadão, na nossa arquitectura constitucional. Isto reflecte-se ano após ano nos índices de participação nestas eleições por comparação, por exemplo, com as eleições Europeias.
Assim já sabemos que o "povo" irá votar a 9 de Outubro.
Mas por que não muda o "povo"? Sabemos que as condições sociais, de vida, de urbanidade, se têm vindo a degradar. Mas por que não utiliza, este "povo", os três papéis que lhe são dados na assembleia de voto para mudar? Por que irá este povo manter (e reforçar nalguns casos) os Valentins, as Fátimas, as Damascenos, os Isaltinos e os Ferreira Torres, que impunemente se pavoneiam pelas feiras e mercados deste país?
Por que o "povo" trabalha e depende das Câmaras Municipais, directa ou indirectamente, sendo "este povo" na maior parte das vezes favorável a que nada mude e, mais do que "os políticos", responsável pelo estado a que tudo isto chegou. As verdadeiras mudanças políticas são geradas a partir desse "povo" que trabalha ou depende das autarquias, é a ele que temos de apelar.
Por isso, tenho a mais firme convicção, que a verdadeira campanha autárquica tem de ser feita dentro das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia e não nas feiras e mercados.
 
quinta-feira, setembro 29, 2005
 
Para combater o silenciamento aqui fica o Blog da candidatura da CDU à CML: http://www.cdulisboa.blogspot.com
 
 
PETIÇÃO
Um país que não respeita os seus artistas, é certamente um país sem futuro.
 
quarta-feira, setembro 28, 2005
 
Artur Portela renuncia a cargo na AACS em protesto
O membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), Artur Portela, renunciou esta quarta-feira ao cargo em protesto contra a alegada pressão do Governo para alteração da renovação das licenças de televisão.
( 15:54 / 28 de Setembro 05 )
Artur Portela explicou à agência Lusa que o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, reuniu com o presidente da Alta Autoridade para a Comunicação SOcial para tratar «de aspectos da calendarização e da metodologia dos processos» de renovação das licenças da SIC e da TVI.
«O acto de um membro do Governo que convida o presidente de um órgão regulador - que é independente - para lhe dizer que as coisas devem ser feitas de certa forma e num determinado prazo, tem uma carga política», justificou.
Acrescentando que a atitude do ministro «não corresponde ao entendimento» deste elemento da entidade, Artur Portela lembrou que «a Constituição e a lei consagram a independência do órgão regulador dos media».
A saída de Artur Portela AACS será formalizada no dia 01 de Outubro. Os processos pelos quais é responsável - entre os quais se inclui o da renovação da licença de televisão da SIC - estão já ser reencaminhados para os outros membros do organismo.
 
terça-feira, setembro 27, 2005
 
Caros amigos,
desculpem mas por motivos de trabalho tenho vindo ao blog com alguma intermitência. Por isso ainda não tive o prazer de vos dar um grande abraço e agradecer condignamente os vossos parabéns a este futuro pai babado.
 
 
Conforme fui dizendo ao longo das frases que vou lançando neste blog, nas Presidênciais de Janeiro, não terei dúvidas em estar com Jerónimo de Sousa. De qualquer forma saúdo e enalteço a postura que Manuel Alegre assume com a sua candidatura, não por se colocar à margem do PS, mas sim por pretender representar aquele PS, republicano, laico e às vezes marxista, com o qual consigo encontrar pontos de contacto ideológico.
A prova dos nove seria simples de fazer, para um qualquer jornalista menos dominado. Bastaria perguntar a Louçã, Soares e Alegre se, no caso de caber a Jerónimo defrontar Cavaco na segunda volta, quem apoiariam. Não duvido que Alegre seria o primeiro a apoiar Jerónimo e que o PS de Soares nunca o apoiaria.
 
segunda-feira, setembro 26, 2005
 
Serão as primárias da esquerda?
Com a candidatura de Manuel Alegre passamos a ter seis candidatos às Presidênciais que se confessam de esquerda. Jerónimo, o primeiro a avançar, tem tido uma postura de prudência para que destas eleições não resulte a vitória de Cavaco, tentando trazer alguns temas que vão fugindo da campanha. Soares tem tido um discurso infeliz quando fala (veja-se por exemplo quando questionado se se sentia em forma respondeu que não tinha problema arteriais (numa referência a Alegre) nem de próstata (Cavaco)). Louçã perde "as gentes de Lisboa", o que demonstra que um partido sem definição ideológica clara também pode trazer alguns problemas. A surpresa Alegre terá ainda que correr um longo caminho para se posicionar. A Carmelinda e Garcia Pereira fica o estatuto de serem quem mais vezes se candidatou.
Pelo menos temos a garantia que teremos uma campanha divertida para a esquerda e complicada para Soares e Cavaco.
 
quinta-feira, setembro 22, 2005
 

Para mim, vem aí o melhor e mais importante projecto da vida. Vai ser uma Primavera muito especial.
 
quarta-feira, setembro 21, 2005
 
Il Rosso

Avanti Popolo! Mi-Mi-Miccoli.
 
terça-feira, setembro 20, 2005
 
Um post sobre arquitectura para variar. Algo que temos andando a fazer bastante nos últimos meses ao contrário do último ano.

 
sábado, setembro 17, 2005
 
Após um ano de angústias e desilusões - no ofício ao qual me dedico, foi preciso reencontrar-me com este senhor de que vos falo abaixo, para voltar a sentir a força de re-desenhar a matéria e o vazio. Esqueçamos a pele e entremos nos edifícios!
 
 

Fuksas é sempre assim, fez uma conferência na qual os projectos eram um pretexto para falar de si e contar histórias (geralemente exageradas), o que muito irrita a comunidade intelectual portuguesa. Dizia-me depois: "Se quiserem conhecer a minha arquitectura, não é com imagens, é indo lá".
 
 
Massimiliano Fuksas

Ontem voltei a passar um dia com o Massimiliano e a Doriana. De manhã percorremos a Lisboa do "Lisbon Story" de Wenders, andámos pelo Castelo e pela Baixa, deixandomo-nos perder nalgumas ruelas desta cidade, que se torna ainda mais bonita aos olhos de quem vem de fora.
Almoçámos no Chapitô, durante a qual recebeu uma chamada do New York Times para lhe solicitar uma entrevista, e depois fomos a correr para a Conferência que Fuksas teria de dar no âmbito da semana inaugural da ExperimentaDesign.
Após a conferência, Fuksas, recebeu cumprimentos, ouviu elogios (porque em Portugal as criticas ficam sempre para os corredores) e fomos-nos encaminhando para o café do CCB onde deu uma entrevista de hora e meia. Saimos do café, com paragem nos pastéis de Belém, na qual foi sendo informado da polémica na qual actualmente está envolvido com Gregotti (da qual falarei noutro dia). Fomos então para a zona da Expo onde se deliciou com a pala de Siza, o edifício da Vodafone e com uma nova cidade construida a partir de uma estação de metro e de um centro comercial.
Jantámos, e fomos à inauguração da exposição a Casa Portuguesa.
Fuksas esteve sempre no máximo do seu humor, acreditem caríssimos leitores, que hoje estou completamente de rastos...
 
sexta-feira, setembro 16, 2005
 
A grande ordinarice

Ontem ganhou quem ficou em casa, seja à esquerda seja à direita,
 
quarta-feira, setembro 14, 2005
  (para não ser só um blog de política)
Tens razão!
Temos de ir ver isto: Os Edukadores (The Edukators; Fetten Jahre sind vorbei, Die)

 
terça-feira, setembro 13, 2005
 
A candidatura da tralha Coelhista, incapaz de manter no mesmo saco os que vivem para usufruir do poder e os que vivem para poder fazer, está a provocar uma vaga de fundo para que Manuel Alegre também se candidate às Presidenciais. Neste contexto, de total sectarismo do PS, começam a ressoar alguns gritos cívicos de dentro do próprio PS.
Circula online, uma petição de apoio à Alegre candidatura.

 
segunda-feira, setembro 12, 2005
 
Saudades de esquerda
É com alguma preocupação que olho para o blogómetro da weblog.com.pt e constato que no TOP 10 não está nenhum blog de esquerda que não o Causa Nossa, digamos... de esquerda liberal...
Falta um qualquer Barnabé, derrotado pelo neoliberalismo reinante, para agitar águas e para que este blog dele pudesse discordar...
 
 
A esquerda necessária para dar a volta a isto!

Declaração de candidatura de Jerónimo de Sousa às eleições presidenciais
12 de Setembro, segunda-feira, às 18horas
Hotel Altis - Sala Europa
(Rua Castilho, 11 - Lisboa)

 
 
Mais um texto Alegre: http://pbeldade.blogspot.com/2005/08/poeta-presidncia-sff.html
 
 
11 de Setembro de 1973 retirado do La Pipe

«Compatriotas
Es posible que silencien las radios, y me despido de ustedes. Quizás sea ésta la última oportunidad en que me pueda dirigir a ustedes (...)Trabajadores de mi patria: quiero agradecerles la lealtad que siempre tuvieron, la confianza que depositaron en un hombre que sólo fue intérprete de grandes anhelos de justicia, que empeñó su palabra en que respetaría la Constitución y la Ley, y así lo hizo(...)Me dirijo, sobre todo a la modesta mujer de nuestra tierra, a la campesina que creyó en nosotros, a la obrera que trabajó más, a la madre que supo de nuestra preocupación por los niños (...)Trabajadores de mi patria, tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo, donde la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, se abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre para construir una sociedad mejor.Viva Chile, viva el pueblo, vivan los trabajadores!Estas son mis últimas palabras, teniendo la certeza de que el sacrificio no será en vano. Tengo la certeza de que, por lo menos, habrá una sanción moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición. »


11 de Setembro de 1973. Extractos do último discurso do Presidente chileno Salvador Allende, barricado no Palácio Presidencial de La Moneda e sob ataque das tropas revoltosas de Pinochet, poucas horas antes de morrer.
 
 
Este artigo foi escrito à cerca de dois meses, ainda sem que Manuel Maria Carrilho tivesse proposto a videovigilância, para a revista "Cadernos Vermelhos". Aqui fica:

LISBOA, cidade global
Este artigo a três tempos - Segurança, Mobilidade e Participação, pretende enquadrar Lisboa no contexto da "cidade global" e, lançar algumas reflexões sobre possíveis caminhos para a construção de um projecto de cidade transformador e revolucionário.

01. Segurança
"Na Cidade do Rock; três minutos pela Paz e por um Mundo Melhor". É deste modo que nos foi apresentado, no início do séc. XXI, um evento musical que pretendia acolher as maiores estrelas do momento dentro de uma área reservada numa qualquer cidade do mundo. Na sua propaganda e diria que também na sua essência, sempre esteve implícita a ideia de construir uma "outra cidade" por oposição à que existe. Uma cidade que funcionasse (para quem nela tem oportunidade de viv€r) sob a forma de um palco para a catarse humana e revestida das mais etéreas preocupações mundiais. Esta "outra cidade" (dentro da velha) é projectada a partir dos seus limites e das suas portas, como forma de controlo de acessos e revoltas. Dentro das suas muralhas existe uma outra ordem que é visível, desejada e absorvida.
Partindo do exemplo de cidade que foi construída para o Rock in Rio - Lisboa, é interessante analisar as formas de construção da cidade global enquanto "ideal etéreo", sem pobreza, migrações ou contestação e enquanto espaços de "paz e segurança". Esta cidade murada e isolada, não é conceptualmente muito diferente da Génova do G8, da Faixa de Gaza ou da cidade de Lisboa em que a direita nos quer fazer acreditar.
Foucault reconhece a natureza biopolítica da condição desta "nova cidade". O Biopoder encarrega-se de reger e regulamentar o interior da vida social, seguindo-a, interpretando-a, assimilando-a e reconstruindo-a. Deste modo a vida torna-se um objecto de poder, à medida que a sociedade disciplinar (das fábricas, prisões e escolas) vai sendo substituída pela sociedade de controlo (dos mecanismos "democráticos" de integração e comportamento).
Arundhati Roy, por sua vez, faz uma extrapolação dessa noção para o mundo globalizado, utilizando a metáfora de Frying Pan Park (1). Roy diz ver-se como um dos perus que escolheram poupar, podendo por isso falar e circular dentro do parque/mundo.
Com o crescendo de insegurança alicerçada numa guerra global, a ideia de sociedade de controlo vai vingando no imaginário colectivo, veja-se por exemplo a aceitação que existe hoje dos sistemas vídeo de vigilância das ruas e praças. Por outro lado os "perus de Roy" continuam a circular livremente, só se tornando num problema quando se constituem em "massas" e se "movimentam".

02. Mobilidade
"O papel da arquitectura e do desenho urbano centrado em tradições antigas de permanência estão irrevogavelmente destabilizados nas cidades complexas da actualidade - isto é, cidades marcadas pelas redes digitais, aceleração, infra-estruturas massivas para a conectividade e crescente alienação. Os significados anteriores não desaparecem, continuam importantes. Mas não conseguem consagrar estes novos significados - a crescente importância das redes, interconexões, fluxos de energia, cartografias subjectivas. Os arquitectos precisam de confrontar o peso da experiência urbana, a presença esmagadora de imponentes arquitecturas e infra-estruturas nas cidades de hoje, em simultâneo, com as múltiplas redes que atravessam as cidades, algumas translocais, outras globais, algumas visíveis e outras invisíveis" (2)
Saskia Sassen

A intensificação das redes e das conectividades, alicerçadas numa estrutura de circulação do capital, bens e pessoas que o desenvolvimento económico promove, não permite uma intervenção política local estrita às fronteiras da cidade. Hoje, não se poderá conceber a cidade de Lisboa (564 657 habitantes(3)) sem se pensar nos cerca de 2 500000 de utentes da cidade que diariamente se movimentam da periferia para o centro.
Deste modo, o desejo de mobilidade e a diversidade social daí decorrente, torna ainda mais complexo o trabalho do poder autárquico local. Os centros locais de decisão têm de se adaptar e convergir para desenhar políticas comuns de reestruturação da cidade. Por outro lado este desejo colectivo de mobilidade pode ter um carácter revolucionário por oposição à cidade muralhada e ultra-securitária(4) de que falámos anteriormente.
Para a cultura comunista de governo da cidade, estas novas questões podem ser entendidas como uma oportunidade. Se, por um lado, perde sentido a criação de uma cidade-bastião como ponto de partida para um projecto nacional de poder revolucionário; por outro lado, ganha importância e oportunidade a constituição de uma política municipal centrada na formação de uma cidade democrática e participada, que vale em si mesma enquanto projecto comunista. A perspectiva deixa de ser a constituição de um poder nacional a partir do local, mas sim a constituição de redes e associações de unidades locais que se multipliquem e relacionem.
A "crescente alienação" a que Saskia Sassen se refere, e que é um dos principais objectivos do poder capitalista, só poderá ser combatida de uma forma colectiva através da constituição destas redes de unidades comunicantes - da associação de moradores à junta de freguesia.
É a partir deste tipo de desenvolvimentos urbanos que uma política de cidade de cariz comunista poderá encontrar uma oportunidade histórica. Um projecto que privilegie uma cultura política de cidade partindo da constituição de vários centros articulados entre si, que sejam capazes de estabelecer laços directos com o seu exterior e, nomeadamente, com os sectores produtivos afastados da cidade e pulverizados pelas periferias.

03. Participação
Contudo uma primeira dificuldade prende-se com o descrédito da democracia representativa, das suas instituições e dos seus agentes. Esta situação favorece e é inclusivamente fomentada pelo poder do capital, desacreditando e diminuindo os poderes dessas instituições corrompendo-as de sentido e, tantas vezes, ridicularizando-as.
A nível municipal, o descrédito alimenta-se em grande medida da sectorização/fragmentação de espaços do poder político e a abrangência desterritorializada do poder do capital. Aos olhos da opinião pública, o representante político não passa incólume a este descrédito, encontrando por isso dificuldades maiores em transmitir e efectivar um projecto vanguardista que sintetize a nova multiplicidade num discurso identitário comum e revolucionário.
De qualquer forma esta dificuldade poderá também ser entendida com uma oportunidade, a partir do momento em que o agente intermediário institucional (vulgo político) se apoie na constituição das redes anteriormente referidas e a partir destes novos centros de relação entre a actividade social e política se defina um tronco comum de poder participado e revolucionário. Na verdade, a desconcentração do poder do Capital da fábrica na vida das cidades, activado nas redes que as interligam, exige que o projecto político comunista reencontre um centro de poder em qualquer ponto da superfície da vida e da urbanidade. Este centro de poder pode ser o Orçamento Participativo (5).
No processo revolucionário decorrente do 25 de Abril, houve diversos movimentos de cariz local em que foram experimentadas formas de participação directa que ainda hoje deverão ser referenciais. Aliás é a própria Constituição de 1976 que reconhece a importância fundamental do Poder Local dentro do quadro institucional.
Veja-se por exemplo a continuada política de amputação do Poder Local que as forças de direita têm levado a cabo numa primeira fase através do esvaziar de competências das Juntas de Freguesia, depois com a Lei do Financiamento Autárquico, culminando na provavelmente inevitável alteração visceral do sistema autárquico através da institucionalização do parlamentarismo burguês às Câmaras Municipais.
Retomar "Abril", também significa ter a capacidade de, perante as novas realidades, reinventar a tensão entre a política institucional e a política enquanto intervenção social à margem do espaço constitucional, princípio fundamental dos anos após a revolução.
Hoje em dia, contudo, o grande desafio que se coloca à cultura política comunista da cidade já não é o de se situar entre uma dimensão local e uma dimensão nacional. A questão que se coloca é a da cidade política no quadro da cidade global. Neste quadro o Orçamento Participativo não será um fim, mas pode ser um centro e um meio.

(1) Parque onde, anualmente, o Presidente dos EUA liberta o peru que escolheu poupar por ocasião de Dia de Acção de Graças, revestindo-se este ritual de uma simbologia de misericórdia guerreira. Retirado da intervenção de Arundhati Roy na abertura do III Fórum Social Mundial na Índia: Roy, Arundhati. Do Turkeys Enjoy Thanksgiving? A Global Resistance to Empire(http://zmag.org/content/showarticle.cfm?SectionID=15&ItemID=4873) 24 de Janeiro de 2004 [citado em Fevereiro de 2004].

(2) Sassen, Saskia. "Contrageografias Globais da Mobilidade." Revista Nu 2003, pp. 30-33.

(3) De acordo com o Censos de 2001

(4) Recordemo-nos, neste caso, de uma das famosas declarações de Santana Lopes, quando dizia pretender parar o comboio da linha de Cascais em Algés para assim "voltar a dar o Rio à cidade".

(5) O Orçamento Participativo constitui um sistema de regras de participação directa e de democracia representativa que procura envolver a população nas decisões estruturantes do investimento público.


 
sexta-feira, setembro 09, 2005
 
"COM VISTA(S) SOBRE A CIDADE" - Debate com candidatos à CML - Dia 15, Quinta-feira
Caros amigos:
A ABRIL convidou os candidatos à CML para um debate com o tema "A participação dos cidadãos na Gestão do Município", que vai ter lugar no próximo dia 15 (inicialmente agendado para 22), das 18H às 20H, no Terraço da Pollux (R. dos Fanqueiros).
Como sabemos que é um tema grato a todos nós, convidamo-vos também a estar presentes, intervir e divulgar.
Quem estiver interessado, sobretudo os grupos formais ou informais, gostariamos que participassem na reunião que vai decorrer na sede da ABRIL, na próxima terça-feira, dia 13, pelas 18.30H, para analisar a hipótese de se apresentarem propostas concretas sobre a concretização e operacionalidade do tema em debate.
Apenas a candidatura do Eng. C. Rodrigues ainda não deu qualquer resposta, estando praticamente confirmadas a presença das restantes (cabeça de lista ou não).
Em anexo, segue o convite enviado.
Contamos convosco
Pela ABRIL - Margarida


Tomei a liberdade de divulgar.
 
 
Cavaco aparece hoje nas sondagens com uma expressão de voto considerável.
Afirma-se ainda que haverá, numa eventual segunda volta entre Soares e Cavaco, uma vitoria esmagadora alicerçada numa peculiar deslocação de votos do PCP e BE para a direita ou para a abstenção.
Começa a cair o véu da farsa do unanimismo em torno da candidatura de Soares, que a direcção do PS pretendeu montar.
 
quarta-feira, setembro 07, 2005
 
Vai chovendo pouco. Na Europa Central choveu muito, em França e Espanha chove muito. Será que algum dos nossos autarcas já se lembrou de mandar limpar sarjetas e tapar buracos?
 
terça-feira, setembro 06, 2005
 
No final do debate de ontem entre Carrilho e Sá Fernandes veio a pergunta inesperada: "se a discussão fosse entre o seu opositor neste debate e o candidato da direita Carmona Rodrigues, quem preferiria que ganhasse?"
Carrilho continuou no seu registo próprio falando sobre si. A resposta de Sá Fernandes é que me fez reflectir, disse que nunca tinha pensado nisso nem saberia o que fazer...
Eu, que entretanto fui pensando na questão, parece-me que é cada veza mais claro para a esquerda que só existem dois candidatos da minha área política, e dois da direita.
 
sexta-feira, setembro 02, 2005
 

Notícias da Guerra Global
"Trezentos soldados vindos do Iraque já estão no Louisiana para tentar controlar as pilhagens que grassam pela cidade. A governadora do Estado já avisou que os soldados estão bem preparados e que têm ordens para «atirar e matar»"
Não há fronteiras, não à Estados, não há gentes.
 
quinta-feira, setembro 01, 2005
 
Soares é clix
Mário Soares anunciou a sua candidatura à Presidência da República na presença dos mesmos jovens de outrora e de actuais membros do Governo, também jovens então. Com o candidato presidencial estiveram ainda intelectuais tendencialmente e militantemente bloquistas que oscilam entre o radicalismo histérico e as bolsas da Fundação Mário Soares. Nanni Moretti assistiu a tudo e rodopiava em torno da mesa dizendo: "Mas porque é que nunca fizeste nada de esquerda?"
Nesta animada sessão de apresentação popular, o povo, sentiu-se homenageado pelas referências do ilustre senador. Neste particular os desempregados, operários, funcionários públicos e os trabalhadores intelectuais sentiram-se reconfortados pelo espírito de mudança de que o patriarca da democracia está imbuído.
A veneranda figura (JAF) fez a sua apresentação no mesmo hotel e na mesma sala onde há 20 anos anunciou a sua primeira candidatura, utilizando também o mesmo sistema de amplificação de voz e o mesmo quadro eléctrico.
 
 
A candidatura de Mário Soares e a derrota da esquerda

Na iminência da anunciada vitória de Cavaco Silva nas próximas eleições presidenciais, a esquerda, não conseguiu vencer os seus fantasmas e concorrer com alguém que corporizasse um projecto unitário e transformador da sociedade. Neste vazio que se criou, o velho Alexander Kerenski português, ainda conseguiu encontrar espaço para ser ele a esperança na derrota de Cavaco.

Da área do PS ainda saem alguns testemunhos de indignação daqueles que andam mais pelas ruas do que pelas sedes e jantares do aparelho do partido. O PS é um partido de interesses ao qual as pessoas se associam por outras razões que não motivações ideológicas ou altruístas, veja-se o exemplo de um dos seus deputados que se define como um liberal anti-comunista. A lógica de grupo funciona unicamente por relações de poder e nesse sentido a raposa Soares éo candidato ideal para continuar tudo como deve ser.

No PCP, embora pareça natural que Jerónimo de Sousa desista da sua candidatura para Soares evitando assim ser culpabilizado pela vitória da direita, a sua eventual desistência coloca muitos sem candidato na primeira volta. Se Jerónimo desistir será também uma grande parte da população que ficará sem voz, falar-se-á de desempregados num tom genérico e cordial, de operários como um património histórico e dos problemas dos jovens da 24 de Julho e afins.A eventual desistência de Jerónimo fará com que uma grande maioria da população portuguesa fique afónica nestas eleições.

O Bloco, ao invés, oscila entre a oligarquia intelectual que domina as faculdades e que se identifica na candidatura de Soares e nas Bolsas da Fundação e uma certa onda radical de quem gostaria de ver alguém do Bairro Alto a mostrar o rabo a Cavaco. Terá candidato!?

A candidatura de Soares, traduz-se também na derrota dos movimentos anti-globalização, moribundos ou incapazes de se libertarem do abraço sufocante do aparelho bloquista, para quem estes são autênticos viveiros de inocentes sem preservativos politicos.

A derrota para mim é saber, que no final (e espero mesmo que só seja no final) lá votarei em Soares. Como o fazer já sei: coloca-se a mão esquerda sobre o boletim, fecha-se os olhos e que siga o Carnaval porque ainda não é desta.
 
Notícias da Resistência | desde Agosto de 2003 m@il | tiagoms3@yahoo.com.br




  • "(...) porque Cavaco simboliza aquilo que mais náuseas me provoca: a banalização de tudo, o sucesso ranhoso e vazio, o atropelo dos valores e das pessoas, o autoritarismo descabelado, a demagogia, o nacional-carreirismo e os favores, a aldrabice e a cunha, a indiferença, o elogio da pirosice, a ignorância e a escandalosa nulidade cultural, etc, etc..."
    Al berto, "NEM MAIS - jornal do movimento de jovens apoiantes incondicionais de sampaio", 1995




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