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terça-feira, março 29, 2005
 
2003.08.30 | 01. Anti-Americanismos (!?)
Passaram 15 anos.Foi uma corrida excepcional, metade dos atletas correram os 100 m abaixo dos 10.00 segundos. Uma média superior a 36 Km/h, sendo que no pico de velocidade aqueles seres humanos suplantavam os 50 Km/h.Mais tarde o 1º classificado foi desclassificado por utilização de substâncias dopantes... Era canadiano. Hoje sabe-se que o 2º classificado teve duas análises positivas durante a fase de preparação para os Jogos. A sua Federação de Atletismo ocultou-o... Era americano... Ganhou o ouro Olímpico!

 
 
Super-Cop



O novo Código da Estrada dá ao polícia o direito de acusação, julgamento, definição e aplicação de pena.
 
segunda-feira, março 28, 2005
 
Já por estas páginas discorri sobre aquilo que penso ser a principal problemática urbana da cidade de Lisboa as migrações diárias. Nesta carnavalesca época pascal surpreendi-me ao encontrar em Tavira os mesmos sintomas, desta feita com carácter sazonal.
Chegados a Tavira umas horas antes dos outros lisboetas, deparámo-nos com uma cidade vazia e fechada. As lojas, os bares e cafés continuavam o seu ritmo invernal aguardando para o dia seguinte a torrente humana que se verificou. Os habitantes de Tavira, oumelhor, os carros dos habitantes encontravam-se não no centro mas nas zonas periféricas e degradadas que me disseram ser os bairros sociais. Não se viam pessoas pelas ruas, à excepção de alguns espanhóis que lá iam passar a Semana Santa.
No dia seguinte a movida já era outra vez como no Verão. Lá estávamos nós, todos arquitectos, encontrando pela rua outros arquitectos.
Enfim, é sempre bom regressar a Tavira!
 
quinta-feira, março 24, 2005
 

Bella Napoli
O Cuore Matto é um blog fabuloso sobre Itália, do qual foi retirado este postal.
 
 
A Cristina já me tinha falado deste texto e, por artes mágicas, apareceu no meu email. Julgo que será o texto que foi lido no Auditório da Torre do Tombo, por ocasião da Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque. Aqui fica com a devida referência ao seu autor:

Anatomia da intoxicação pública em Portugal – o papel da comunicação social no apoio à guerra
Rui Pereira, jornalista

Passados quase dois anos sobre o que se chamou, não por falta de melhor nome, a “Guerra do Iraque”, confirmou-se quase tudo aquilo que antes dos bombardeamentos de 19 de Março de 2003 sobre Bagdad, se sabia já. Percorrendo retrospectivamente o labor do que por conveniência analítica poderíamos chamar o sector português da grande frente mediática internacional em volta do assunto, dispomos de uma série de material que não precisa de ser exaustiva para se tornar eloquente. Ao que habitualmente costuma chamar-se o “corpus de análise”, poderíamos, sem qualquer má vontade ou facciosismo chamar, aqui, “corpo de delito”.
Fornecer-vos-emos aquilo que cremos serem provas irrefutáveis da verdade de uma grande mentira-mundo que o campo mediático português amplificou sem fissuras na cobertura. Na maioria das vezes incompetentemente, sempre arrogantemente. Armado desse infinito despudor que caracteriza o grande desprezo pelos seus destinatários e, também, por si próprio.
Observaremos as regularidades da falsidade, a dimensão da sua propagação, o vozeario da sua reiteração, a complementar confluência entre agentes noticiosos e contrafactores da opinião.
Constataremos a inconsequência das raras inflexões –quando as houve- desde o momento em que a estrepitosa explosão do real na máscara do falso foi acontecendo sem que os sorrisos empalidecessem. Sem que os rostos se tingissem desse rubor culpado que séculos de moral católica nos estampou na pele como sinal indisfarçável de uma culpa que, neste caso, por inteiro, se justificaria que sentissem.
Procederemos à anatomia de um crime continuado -e que continua- do jornalismo contra si próprio. De um crime cuja qualificação agravante consistiu na prodigiosa desqualificação dos seus fautores e executores. Como também na tibieza dos seus cúmplices silenciosos.
Ilustraremos como, procedendo através da importação de um conjunto de conhecidas premissas de propaganda norte-americana, o campo mediático português adoptou sem substancialmente se questionar uma série de preconceitos a partir dos quais implantou à escala doméstica um ambiente intelectual de legitimação daquilo a que dificilmente poderemos chamar outra coisa que não o mais recente grande episódio da cultura imperial que impele desde há mais de 500 anos os poderes do hemisfério norte nas operações de saque contra os povos do “lado de baixo” do planeta.
Examinaremos como esse ambiente intelectual expandiu a deliberada ignorância que produziu e de que foi, simultaneamente, produto.
Evidenciaremos como todas as fontes contrárias ao grande embuste que se perpetrava e cumpria foram escrupulosa e sistematicamente afastadas da possibilidade de se fazerem ouvir. Um procedimento que permitiu contornar o impacto que obrigatoriamente teria tido tomá-las na devida conta Da mesma maneira, acabaram por ver-se subrepresentados e mistificados todos os factos que contrariavam a miserável ficção que pretendia sustentar-se.
Exemplificaremos como o noticiário de saturação e o delito efectivo de uma opinião apresentada como comentário especializado comungaram e deram as mãos para juntar à dolorosa agonia de milhares de iraquianos a dor acrescentada da falsidade que terraplanou milhões de outros seres humanos, enclausurando uns e outros num idêntico e complementar cordão sanitário de morte e mentira.
Inscreveremos demonstrativamente esta operação singular na série política a que pertence, isto é, enquanto um episódio da gigantesca operação de naturalização da mentira como técnica de governação.
Faremos tudo isto a partir da melhor e mais eloquente fonte: o discurso mediático produzido pelos seus próprios actores: a medíocre figura do intelectual mediocrata; os assalariados dos media; os seus tutores. Fá-lo-emos a partir do ruído que produziram como dos silêncios que organizaram.
Enquadraremos esta operação não num marco de conspiração, mas na atmosfera de uma inspiração prepotente que tanto obstrui o acesso à enunciação daqueles que a não adoptam, como pratica a exclusão de quantos, no seu interior, lhe escapam.
Falaremos, pois, de um dispositivo de dominação em que a palavra, o som e a imagem não são mais do que o invólucro imprescindível da bala, da bomba e do lucro.
Descreveremos uma comunidade mediática submissa, submetida e escravizada cuja missão é convencer as outras comunidades escravizadas de que nenhuma delas o é.
Faremos, por fim, tudo isto, sem emitir juízos de valor, mas sim de facto. Sem mover processos de intenção mas sim escalpelizando aquilo que não passa de um sistema de orientação a quem a morte e o sofrimento dos outros tem um sentido sobrevivencial, vital, para os próprios.
Sabemos como a natureza totalitária do discurso predominante, tornado a um só tempo medida moral e problema de ordem pública, provoca, com a sua hegemonia intolerante, que qualquer enunciado que se lhe oponha deve provar circunstanciadamente aquilo que diz. É isso que torna, nos nossos dias, todo o discurso crítico num discurso defensivo.
Temos porém nós, no nosso país, uma longa memória de transformação da defesa em acusação. Os tribunais desse tempo de ditadura confessa e totalitária não eram de opinião como tão amargamente sabem tantos portugueses. Mas nos tribunais deste outro tempo, um tempo de democracia inconfessável, também aquilo que defendemos face àquilo de que temos de defender-nos não nos deixa outra possibilidade senão transformar a sua defesa, na nossa acusação. É isso que faremos com os indícios que em seguida vos deixamos. Não só com os fundamentos da razão, mas também com o fundamento dos factos.
 
 
2003.08.30 | e agora Oscar?
No passado fim de semana rematei de uma assentada o último livro do Oscar Niemeyer - e agora?.É uma narrativa intensa, um pouco repetitiva, de todos os feitos e estórias de um revolucionário - uma ode à sua vida num bom espírito militante. O miolo não é por isso o mais interessante do livro, o seu grande património está no final; na dúvida e na forma como é colocada. A dúvida, na esquerda, não pode ser vista como o reflexo de uma fraqueza ou de uma deriva direitista. A dúvida para a esquerda é um património.
 
quarta-feira, março 23, 2005
 
2003.08.03 | A compra do Expresso é um problema de memória
Na maioria das semanas não compro o Expresso. Aliás só compro o Expresso quando esqueço os artigos que li na última edição que comprei, quando esqueço quanto custa e quando esqueço a sua velocidade de leitura, cerca de 5 kg/hora.Para além de um formato detestável o Expresso contém sempre um arranjinho por número. (entenda-se "arranjinho" como uma sucessão de artigos que sem o exprimirem directamente conduzam o leitor a pensar de uma certa forma). Recordo com especial carinho a tentativa de enaltecer a ombridade de um conhecido arquitecto, então, caído em desgraça.Esta semana é Guterres. Quem sabe se por constatarem, por motivos óbvios, a pouca credibilidade da personagem ou, por quererem estimular a esquerda para o eterno confronto interno, o Expresso, esforça-se por pôr a dita personagem na rampa de lançamento de uma candidatura dita de centro-esquerda às presidênciais. Para além de vários artigos que passam a mensagem nas entrelinhas, convocam aquele ex-ministro amigo de Souselas para o dizer.Depois temos o notável editorialista.A esquerda chora lágrimas de crocodilo sob a morte de Sérgio Vieira de Mello diz o iluminado... desenvolvendo uma série de reflexões de Americano com Gurkha. O que o senhor não pergunta é: A quem é que serviu a morte de Sérgio Vieira de Mello?
 
 
Este blog começou em Agosto de 2003. Nos primeiros tempos, em que se definia como "uma cotonete de arame para mente descansada", tinha uma média de visitas pouco regular, aumentando sempre que se vivia uma crise política. Contudo, desde Fevereiro, que me tenho vindo a surpreender com o crescimento exponencial da média de visitas mensais - quase 600. Por isso, e para continuar a manter um registo de escrita diária (que será interrompida nestes dias da Santa Quadra) publicarei alguns textos históricos nos próximos dias sob o título: Memórias de Passagens.
 
 
O sistema de comentários entrou em auto-gestão... desapareceu... Se alguém quiser comentar alguma coisa terá que enviar um email que publicarei como um post.
 
terça-feira, março 22, 2005
 
Alfredo Barroso
Nas duas últimas semanas tem vindo a ser dada muita relevância à retirada de confiança política do PCP no seu autarca do Redondo. Desconheço a realidade, para além daquilo que tem vindo a ser publicado nos jornais e não conheço o camarada em causa.
Aqui ficam duas questões, cujas respostas desconheço, e sem as quais não posso tomar posição:
1. Qual foi a posição que o actual Presidente de Câmara tomou contra as orientações locais e nacionais do PCP?
2. O que pensam as organizações locais e regionais do partido relativamente à retirada de confiança política?
 
segunda-feira, março 21, 2005
 
Ainda espero que a vitória do Sporting no jogo de hoje, os reanime.
 
 
r€flexos d'alma I
Há cerca de três meses fui eleito tesoureiro nacional da Ordem dos Arquitectos.
Alertei desde logo os membros da direcção que me elegeram para o facto de nunca ter tido especial queda ou experiência nesse tipo de funções. Aceitei, pois parecia-me ser uma prova de confiança dos meus colegas no membro mais jovem da direcção e por existir uma relação de amizades e confiança, no Conselho Directivo Nacional, o que nos permite trabalhar de uma forma serena e colectiva. Os primeiros meses foram de estudo para chegarmos agora ao primeiro orçamento.
Confesso que nunca liguei muito a orçamentos. O meu papel noutras associações em que participei era muito mais relacionado com os programas, ou seja com a matéria escrita e falada, do que com os orçamentos, ou seja com os números, que traduzem o programa eo discurso. Percebo agora que os números, ou seja os euros, são de facto onde se traduz as opções políticas reais, à margem dos discursos e dos programas.
Assim, é no orçamento que se vê a coerência dos discursos, dos objectivos e do programa a que nos propomos. É por isso que estou muito feliz com o orçamento que - com os meus colegas do Conselho Directivo Nacional (em especial com a Helena, João, Pedro e João Paulo), elaborámos e que traduz uma ética e uma coerência pessoal da qual julgo, nos podermos orgulhar.
 
 
r€flexos d'alma II
A prática de fazer um orçamento deu-me também um certo conhecimento para ler outros orçamentos e desta forma entender outras lógicas. Assim, aqui ficam três reflexões que quero partilhar:
1. As situações menos claras nunca são imputadas nos valores mais altos, mas sim diluídas por inúmeras verbas dispersas que à partida não serão motivo de discussão, mas que na sua essência têm os mesmos actores.
2. Um orçamento pode facilmente ser utilizado para preventivamente direccionar as críticas pelo seu futuro incumprimento, seja culpabilizando pessoas ou entidades abstractas.
3. Num orçamento existem inúmeras fórmulas que podem ser utilizadas para mascarar o facto das suas linhas estratégicas não coincidirem com as linhas estratégicas enunciadas nos programas e nos discursos.
A não utilização destes três recursos não depende de ser-se de esquerda ou de direita, mas sim da ética e da rectidão com que se encara a vida. Por isso durmo descansado.
 
sexta-feira, março 18, 2005
 
 
 
A coluna da direita foi actualizada »»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»»
 
quinta-feira, março 17, 2005
 
Fevereiro 2004 - Fevereiro 2005
 
  Cinemas Lusomundo
Os Cinemas Lusomundo têm uma particularidade arquitectónica que funciona como identidade comum.
Os seus pavimentos são normalmente percorridos por pipocas em fuga, das vorazes e enormes bocas dos seus públicos ávidos de acção, o que permite a quem os percorre, um suave e alegre caminhar crocante. No caso da pipoca estar comprometida na barriga do espectador alheio, o pavimento apresenta-se luzidio e ligeiramente colante, conferindo-lhe um certo ambiente peganhento.
 
  Ir aos Cinemas Lusomundo é um pouco como comprar o Expresso
São duas coisas que estou muito tempo sem fazer e que só as volto a fazer quando me esqueço da última vez que as fiz.
 
  A história de um menino que um dia sonhou ter poder
O Porto exalta-se com os desarranjos de Rui Rio. Leiam no blog A Baixa do Porto
 
quarta-feira, março 16, 2005
 
A justa luta do bicho da fruta...
Comunicado aos Lisboetas
 
 
O doce fascínio do BES por ditaduras.
 
 
2013 Odisseia no Espaço
Santana estreia-se com anúncio de 10 mil casas para jovens até 2013. Assim quem hoje tem 10 anos de idade (se ler o Público de hoje) fica a saber que poderá ter casa em Lisboa quando tiver 18 anos.
 
 
Como é natural, sou favorável à venda de medicamentos que não precisem de receita médica em áreas comerciais, se isso significar a diminuição de preços.
 
terça-feira, março 15, 2005
 
Trocas e Baldrócas
Acedo ao site da Câmara Municipal de Lisboa... Procuro pelo Presidente... Eis senão quando temos este site...
 
 
OpenSource
Esta coisa do open source começa a surpreender-me. Em primeiro lugar o Microsoft Office tornou-se obsoleto sendo perfeitamente substituível pelo Open Office. Além de ser gratuito o Open Office resolve alguns bugs do Office e trabalha melhor com PDF's.
Estamos agora a iniciar uma nova fase com o IntelliCAD 5 que substituirá o Autocad. Muito mais barato que o Autocad, tendo o mesmo look e fazendo as mesmas coisas... vejam este site.
 
segunda-feira, março 14, 2005
 
Quem quererá discutir a Europa com a Câmara ali à mão?
 
 
Tenho um problema de forma com aquele programa que passa na 2: "Diga Lá Excelência". O nome é detestável e o cenário é ainda pior. Contudo ontem quando exercia essa mui nobre arte de zapping vi a parte final da entrevista a Maria José Nogueira Pinto. Estávamos naquela fase em que os entrevistadores dizem uma palavra à qual o entrevistado responde com outra. A ilustre celebridade respondeu a "Angola" com "perdida". Limito-me a constatar.
 
 
14 Março, Hoje
Prémio Secil de Arquitectura 2004
Conferência de Eduardo Souto de Moura sobre o Estádio Municipal de Braga
18h Auditório da sede da Ordem dos Arquitectos


 
sexta-feira, março 11, 2005
 
Giuliana Sgrena
O que se quer provar com este texto?
Que não terá havido disparos? Que os disparos foram para o ar?
Será que se defende a tese (difundida por Berlusconi quando os carabinieri assassinaram um jovem genovês durante as manifestações de 2001 contra o G8) na qual se dizia que os disparos tinham sido para o ar, tendo a bala assassina acertado numa pedra lançada (evidentemente pelos manifestantes) e desviado a sua trajectória para o coração do jovem...
 
 
 
 
Vital Moreira dever-se-ia preocupar mais com as incoêrencias do seu actual lider. Por isso deixo-lhe aqui o link de um texto de outra blogger - Ana Gomes.
 
 
Vital Moreira no Causa Nossa escreve sobre aquilo que considera ser uma incoêrencia do PCP, defendendo que se realize o Referendo sobre a Constituição Europeia e que a alteração à Lei da IVG seja feita na Assembleia. Vital Moreira sustenta que aplicando a lógica que o PCP utiliza para negar o Referendo sobre a IVG, então também não se deveria o Referendo sobre a Constituição Europeia que também dispõe de uma larga maioria a favor.
A argumentação peca, por não considerar três factores:

1. O PCP não defende que a alteração da Legislação sobre a IVG seja feita na Assembleia por uma mera operação contabilística, como pretende fazer crer. O PCP sempre defendeu que esta matéria devia ser discutida e aprovada na Assembleia República. Aliás, defende esta solução no seu programa eleitoral e disse-o durante a campanha.

2. As questões relacionadas com a Europa, por mais incrível que pareça, não foram discutidas na campanha eleitoral não podendo daí resultar que o voto neste ou naquele partido tenha algo a ver com uma qualquer posição relativamente à Constituição Europeia.

3. Não será que existe um conteúdo político a retirar da enorme taxa de abstenção verificada no anterior referendo?
 
 
Entrevistas a Manuel Castells ontem no PÚBLICO.
 
 
Crónicas de urbanidade
(Quando se confunde o argumento com a irrealidade surreal para, por fim, dar uma sábia conclusão)
Uma conversa de comboio da meia-noite: "- [Berlusconi] Esse ao menos sabe roubar. Esteve durante anos no AC Milan a roubar e depois resolveu afastar-se... Agora o José Eduardo dos Santos continua..."
 
quinta-feira, março 10, 2005
 
My truth
Giuliana Sgrena

 
 
Lutas intestinais.
Os ministros já cá estão fora. A tarefa de escolher secretários de estado está a ser mais penosa.
Estava marcado para ontem o seu anúncio mas só foram tornados públicos alguns nomes.
Compreende-se, no fundo é a última hipótese de entrar no comboio deste governo absoluto. Haverá gente que dorme com o telemóvel na mesa de cabeceira! A certeza, é que no final destes dias, quando o governo absoluto estiver fechado, sairão Lellos a terreiro denunciando as pressões a que este governo cedeu.
 
 
Retirado de A PRAIA
Diz Fulano: «Para Sicrano, as coisas dividem-se em duas categorias: ou são fantásticas, extraordinárias, excelentes, ou são uma merda sem redenção. Qualquer categoria intermédia é virtualmente inconcebível.»
 
 
Crónicas de urbanidade

Chiado 8.30 da manhã. Acabei de passar por alguém que, vestido de Batman, repetia a frase:
"... e o maluco sou eu! ... e o maluco sou eu! ... e o maluco sou eu!
 
quarta-feira, março 09, 2005
 
TRIBUNAL-IRAQUE
Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque
Lisboa 18.19.20 Março 2005

Auditório da Torre do Tombo
Alameda da Universidade



 
segunda-feira, março 07, 2005
 
Como resposta a este post de Vital Moreira deixo as seguintes perguntas:
O que sucederia se fosse no tempo em que era um destacado dirigente comunista?
Será que o PS tolera que eles (o Governo) continuem a usar a designação de partido socialista?
 
 
Estou convencido que existe uma medida certa para posts. Nem muito comprido porque se tornam chatos e maçudos nem muito curto pois perdem em significado. Para quem passa pelo blog, essa medida é determinante na leitura, creio que independentemente do título ou assunto. Depois basta escrever sexo ou Santana para atrair diferentes públicos.
 
sábado, março 05, 2005
 
Quando le prime notizie sono arrivate ho scritto: Brava Giuliana! Adesso siamo tutti più liberi! Abbracci dal sud. Poi, quando s'è saputo tutto il resto, sono rimasto muto.

EDUARDO GALEANO
 
  2002-2005 Todos diferentes | Todos iguais
.
Retirado dos diasvagabundos Freitas do Amaral festeja a vitória com Durão Barroso e Ferreira do Amaral.
 
sexta-feira, março 04, 2005
 
[ainda Nanni Moretti]
O novo Governo terá alguém de esquerda? Ainda que não seja socialista...
 
 
Ministro das Obras Públicas
Mário Lino Soares Correia
Licenciado em Engenharia Civil; Master of Scince em Hidrologia e Recursos Hídricos pela Universidade do Estado Colorado, E.U.A. Foi presidente do Conselho de Administração da Águas de Portugal entre 1996 e 2002, da Empresa Geral de Fomento, da AQUAPOR e vogal do Conselho de Administração da IPE. Consultor nos domínios da Hidrologia, recursos hídricos, hidráulica fluvial e engenharia sanitária e ambiental. Autor do blog Alforge e co-autor do Puxa Palavra
 
 
[a notícia foi actualizada entretanto]

Il Dipartimento di Stato Usa ha espresso il proprio «rammarico» per l'incidente avvenuto a Baghdad.

O Departamentos de Estado dos EUA "lastimou" o incidente.
 
  Giuliana Sgrena
Giuliana è stata liberata e sta bene. Ma nel viaggio in automobile che la portava verso l'aeroporto di Baghdad e verso di noi la sua vettura è stata colpita dal fuoco degli americani. E' stata ferita, in modo non grave, insieme ad altre due persone. Nicola Calipari del Sismi è rimasto ucciso. Gli americani non hanno ancora fornito alcuna giustificazione o versione ufficiale dell'accaduto.

A Giuliana foi libertada e está bem. Contudo, na viagem de automóvel que a transportava ao aeroporto de Bagdad, para vir ter connosco, a sua viatura foi atingida por disparos de um esquadrão americano. Giuliana ficou ligeiramente ferida tal como outras duas pessoas. Nicola Calipari do Sismi foi morto. O exército americano não revelou até agora qualquer justificação ou versão oficial para o sucedido.

[esta notícia foi retirada do Il Manifesto, para o qual a jornalista trabalha e cujo link está na coluna da direita. Giuliana Sgrena tinha sido raptada a 4 de Fevereiro.]
 
 
Aqui está o novo Governo
Haverá algum socialista?
 
 

Farto de comentar os blogues do lado, apetece-me dizer qualquer coisa de esquerda... qualquer coisa que a esquerda se tem vindo a esquecer de dizer... qualquer coisa que a esquerda nunca mais disse... qualquer coisa que alguém da esquerda que passa na TV não possa dizer... qualquer coisa que seja mais do que uma ideia de cidâdania... qualquer coisa que implique uma ruptura radical com o sistema em que vivemos...
O solo é de todos, abaixo a propriedade privada.
 
 
Curioso...
Agora que Carlos Marques e Vasco Franco cerram fileiras com estes senhores num "consenso alargado", Daniel Oliveira e Pedro Sá unem-se para relembrar que Rui Sá tem pelouros na Câmara do Porto.
 
quinta-feira, março 03, 2005
 
Ainda relativamente à notícia de ontem do PÚBLICO sobre a permuta de terrenos da Feira Popular pelo Parque Mayer, Carlos Marques (deputado municipal do BE) utiliza uma retórica que se afasta dos territórios da esquerda e que acolhe o argumentário politico demagógico e populista da direita. Segundo o Público, e com o intuito de justificar o apoio do BE, Carlos Marques diz gostar do projecto de Frank Gehry, coisa que não nos interessa para nada. Carlos Marques é apenas um político e não tem de imitir opiniões estéticas ou de gosto pois não é para isso que foi eleito. Assim, diz ter apoiado a permuta"dando-lhe o aval para 'criar uma coisa moderna, nova, integrada e bonita em Lisboa'".
O problema é confundir uma permuta lesiva para o Estado com o projecto de arquitectura.
 
quarta-feira, março 02, 2005
 
Uma anedota retirada do Muro:
Encontraram-se dois russos, que há muito não se viam, depois do fim da União Soviética. Falaram do passado e dos novos tempos. Um disse ao outro: "já viste que o que nos disseram sobre o comunismo era mentira". Ao que o outro anuiu e acrescentou prontamente: "mas, infelizmente, tudo o que nos disseram sobre o capitalismo era verdade".
 
 
Uma pérola do Portugal pró fundo, retirada do vida-agridoce e que saiu hoje no Público.
 
 
A proposta para o novo Parque Mayer foi aprovada. De acordo com a notícia do PÚBLICO a proposta apresentada pela Câmara Municipal contou com os votos do PSD, PP, PS e BE e os votos contra do PCP e PEV. Segundo a mesma notícia do PÚBLICO é feita uma permuta cedendo a CML os terrenos da Feira Popular em troca dos terrenos do Parque Mayer. A notícia refere ainda que a avaliação que foi feita dos terrenos é de 1200 euros/m2 para o Parque Mayer e 910 euros/m2 para a Feira Popular. Para quem tem dois dedos de testa é fácil de perceber que o valor do m2 da zona da Feira Popular deveria ser muito mais alto que o do Parque Mayer. Seja pelas suas condições de edificabilidade e acessibilidades, que no caso do Parque Mayer são escassas, e pelo facto de a Feira Popular estar numa zona de maior procura de habitação, comércio e escritórios.
Não estando contra o projecto de Gehry (pois não o conheço) esta é uma operação claramente danosa do interesse público e que contou (estranhamente) com os votos do PS e BE...
 
 
Já tinha lido o texto do Miguel Vale de Almeida sobre a alteração à Lei da IVG que o Carlos vem relembrar.
Concordo com a essência da argumentação menos no ponto em que se escreve:
"E reconhecendo um outro problema político: tendo havido referendo, e mesmo sem ter sido vinculativo, a legitimidade política da alteração da lei seria reforçada se tal se conseguisse através de novo referendo"
Ora no referendo apenas 1.356.754 eleitores votaram contra as alterações propostas, no quadro de 8.496.089 cidadãos inscritos. Reconheço a quem votou no NÃO uma legitimidade eleitoral mas nunca (e após sete anos) uma legitimidade política. Houve, naquele referendo, uma parte dos cidadãos eleitores que votaram SIM (15,40%), outra que votou NÃO (15,95%) e uma enorme maioria que entendeu não participar (68,11%). Não querendo filosofar sobre o sentido de voto de quem não votou, o meu entendimento é que a verdadeira legitimidade política está do lado daquela enorme maioria que entendeu abster-se.
 
 
Mais tarde responderei a isto.
 
 

O Estado da Nação
Hoje já tratei da certidão de nascimento (8,00€), Bilhete de Identidade (7,55€ + 4,50€) e... até para a semana meus caros, pois só posso tratar dos outros documentos depois de ter o BI. Finalmente ilegal! Disse-me ontem o agente que no caso de ser identificado na rua, "o papel" que me deram na esquadra não tem qualquer valor legal.
 
terça-feira, março 01, 2005
 
Um dia bem passado...
Após furto discreto da carteira dirigi-me à esquadra mais próxima.
Estava cheia! Três "perigosos" ilegais romenos tinham tomado o lugar deste mísero cidadão que só queria dar nota da ocorrência. Aconselharam-me a ir a outra esquadra.
Aguardei, já na outra esquadra... Uma senhora acabava a sua vez... Que era rápido... Depois vem o "chefe"
- Opá! Isto preenche-se assim. Vocês foram lá mas isto não se percebe nada... O gajo até pode estar a violar a criança...
Discussão puxa discussão afinal o problema era "o papel"... Interrompo e pergunto se não posso começar a preencher "o papel", neste caso o meu.
- Não, respondem, isto agora é tudo mais lento. Sabe... são os computadores!
Digo que já estou a tentar apresentar queixa há uma hora e que já é a 2ª esquadra a que vou. Trataram-me bem. Perguntam-me se queria apresentar queixa. Respondo que não, só quero "o papel" para poder ir pedir a 2ª via de todos os documentos.
Duas horas depois chego à Loja do Cidadão. É a segurança que me informa que não posso tratar de nada hoje. Pergunta-me:
- Tem dinheiro?
- Não! Fui roubado!
- Então vá para casa, o impresso para a 2ª via do BI custa 7,50 €.
Abraços e até amanhã.
 
 
Um post patético:
 
 

Este blog não tem Papas na língua.
 
 
Afinal o povo tem meia-razão. O Benfica empatou mas o Sporting não perdeu. E assim segue o circo dos empatas.
 
Notícias da Resistência | desde Agosto de 2003 m@il | tiagoms3@yahoo.com.br




  • "(...) porque Cavaco simboliza aquilo que mais náuseas me provoca: a banalização de tudo, o sucesso ranhoso e vazio, o atropelo dos valores e das pessoas, o autoritarismo descabelado, a demagogia, o nacional-carreirismo e os favores, a aldrabice e a cunha, a indiferença, o elogio da pirosice, a ignorância e a escandalosa nulidade cultural, etc, etc..."
    Al berto, "NEM MAIS - jornal do movimento de jovens apoiantes incondicionais de sampaio", 1995




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