Escreveu-me um colega israelita. Perguntava-me como estava e o que andava a fazer.
Vai fazer três anos que o conheço e, sempre foi assim. Quando os retratos de guerra se precipitam sobre os jornais do Ocidente o Yoav telefona-me ou escreve-me e, sem falar na guerra, repassa situações do seu quotidiano aparentando uma normalidade da qual desconfio.
Numa primeira fase a minha curiosidade pela situação real batia qualquer esforço de contornar os temas da guerra. Até que um dia nos encontrámos e me contou as estórias para lá do mundo mediático.
Recordo uma em especial aquela dos pais israelitas proibirem os seus filhos de ir à escola no mesmo autocarro.
A aspiração de viver uma vida normal. A necessidade de aparentar uma vida ocidentalmente normal, entrecortada por pequenos espinhos de guerra.
A realidade palestiniana é bem diferente...