Ao contrário da generalidade das pessoas, ouvi com atenção o discurso do Sr. Ministro da Cultura, na inauguração da qual não quero falar.
Discordo na íntegra do conceito que a qualidade de uma manifestação cultural possa ou deva ser avaliada pela capacidade que tem em congregar patrocínios privados. Penso inclusivamente que um Ministro da Cultura não o deve defender, pois corre o risco de, com o passar dos tempos, deixar de ser necessário passando a cultura para uma Secretário de Estado dependente do Ministério das Finanças.
Discordo ainda que se declare que uma organização com muitos patrocínios privados está mais próxima da "Sociedade Civil".
Não consigo entender como pode o Sr. Ministro considerar uma entidade privada mais próxima da "Sociedade Civil" do que um governo ou um poder local democraticamente eleito pelos portugueses.