Depois de alguns escritos sobre a memória trapalhona chega hoje a DÚVIDA, despertada pelo texto de 4 de Setembro do
Aviz.
O que se quer dizer naquele texto?
Escreve o Aviz que tanto a direita como a esquerda tiveram certezas universais que entretanto ruíram? Mas não será o inverso igualmente válido?
As guerras continuam a ser feitas em nome da Pátria ou daquilo a que se chama Deus, e a esquerda continua a existir com experiências mais ou menos conseguidas mas, desde Marx, com esta foice discursiva sobre a sua morte iminente.
Questiona-se se a esquerda dúvida mais?
A esquerda deve duvidar mais - respondo eu. Deve fazer da dúvida e da auto-crítica o seu mais importante instrumento de trabalho.
... E aqui ficam algumas breves "certezas panfletárias":
A Direita não morre com Hitler nem a Esquerda vive de Estaline
Bush = Hitler (em épocas e espaços diferentes) ver
É PC (Politicamente Correcto) de hoje
A certeza só se consolida a partir do esgotar da dúvida
A Esquerda constrói-se e reconstrói-se sempre.