Sempre foi o "centrão" que definiu os destinos deste país. Aquela mole humana, pouco ou nada ideologizada, que nas eleições oscila entre o PS e o PSD, assegurando sempre que o fundamental das políticas não irá mudar.
Foi esse "centrão" que por uma escassa maioria colocou Durão Barroso como Primeiro-Ministro, resolveu dar a maioria à direita na Câmara Municipal de Lisboa, elegendo Santana Lopes para seu Presidente e escolheu votar "à esquerda" em Sampaio para Presidente da República derrotando o candidato da direita.
Contudo o voto desse "centrão" passou agora a valer menos. Já não decidem quem decide. Durão Barroso foi-se embora de Primeiro-Ministro, Santana Lopes deixou de ser o Presidente da CML e depois do "centrão" ter punido a direita nas eleições europeias, o Presidente da República (não se tendo ido embora) optou por se passar para o outro lado.
O "centrão" já não manda aqui.