O PÚBLICO e a Quinta das CelebridadesNas páginas do
PÚBLICO de hoje vem um artigo sobre a Trienal de Milão. Refere-se que ao contrário do que foi exposto na Bienal de Veneza a representação da arquitectura portuguesa aposta na afirmação da continuidade.
Este tipo de leituras "de estilo" fazem-me sempre recordar o Congresso de 48, em que se opôs a Casa Portuguesa de Raul Lino acompanhada pela tentativa do Regime de institucionalizar um estilo de continuidade daquilo que se entendia como a tradição, a uma nova geração de arquitectos, então emergente, de cariz internacionalista e profundamente modernista. As evoluções na arquitectura sempre se fizeram pelas rupturas, embora seja nesses momentos que mais se tente impor o discurso da continuidade.