O camarada
CG. refere no seu blog que a vontade do PCP de fazer passar a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez na Assembleia da República é insustentável. Discordo.
Quero lembrar que a decisão do referendo de 1998 foi desde logo muito criticada por toda a esquerda, inclusivamente por parte da
famosa esquerda do PS. Esta foi uma decisão muito pouco democrática tomada pelos dois lideres do PS e do PSD, sem prévia oscultação dos seus partidos, movidos pelos mais altos interesses pouco "católicos". Lembro, também, que a Lei chegou a estar aprovada, naquele dia em que primeiro houve um empate tendo mais tarde chegado um "deputado desempata".
Ora o PCP continua coerente nesta matéria, e parece-me que os resultados das eleições, dão uma claríssima legitimidade à decisão ser de novo remetida para a Assembleia. Se o Não ganhou por poucos votos os "vencedores" números da abstenção também devem ser entendidos como um sinal.