2003.08.03 | A compra do Expresso é um problema de memória Na maioria das semanas não compro o Expresso. Aliás só compro o Expresso quando esqueço os artigos que li na última edição que comprei, quando esqueço quanto custa e quando esqueço a sua velocidade de leitura, cerca de 5 kg/hora.Para além de um formato detestável o Expresso contém sempre um arranjinho por número. (entenda-se "arranjinho" como uma sucessão de artigos que sem o exprimirem directamente conduzam o leitor a pensar de uma certa forma). Recordo com especial carinho a tentativa de enaltecer a ombridade de um conhecido arquitecto, então, caído em desgraça.Esta semana é Guterres. Quem sabe se por constatarem, por motivos óbvios, a pouca credibilidade da personagem ou, por quererem estimular a esquerda para o eterno confronto interno, o Expresso, esforça-se por pôr a dita personagem na rampa de lançamento de uma candidatura dita de centro-esquerda às presidênciais. Para além de vários artigos que passam a mensagem nas entrelinhas, convocam aquele ex-ministro amigo de Souselas para o dizer.Depois temos o notável editorialista.A esquerda chora lágrimas de crocodilo sob a morte de Sérgio Vieira de Mello diz o iluminado... desenvolvendo uma série de reflexões de Americano com Gurkha. O que o senhor não pergunta é: A quem é que serviu a morte de Sérgio Vieira de Mello?
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"(...) porque Cavaco simboliza aquilo que mais náuseas me provoca: a banalização de tudo, o sucesso ranhoso e vazio, o atropelo dos valores e das pessoas, o autoritarismo descabelado, a demagogia, o nacional-carreirismo e os favores, a aldrabice e a cunha, a indiferença, o elogio da pirosice, a ignorância e a escandalosa nulidade cultural, etc, etc..." Al berto, "NEM MAIS - jornal do movimento de jovens apoiantes incondicionais de sampaio", 1995