Já por estas páginas discorri sobre aquilo que penso ser a principal problemática urbana da cidade de Lisboa as migrações diárias. Nesta carnavalesca época pascal surpreendi-me ao encontrar em Tavira os mesmos sintomas, desta feita com carácter sazonal.
Chegados a Tavira umas horas antes dos outros lisboetas, deparámo-nos com uma cidade vazia e fechada. As lojas, os bares e cafés continuavam o seu ritmo invernal aguardando para o dia seguinte a torrente humana que se verificou. Os habitantes de Tavira, oumelhor, os carros dos habitantes encontravam-se não no centro mas nas zonas periféricas e degradadas que me disseram ser os bairros sociais. Não se viam pessoas pelas ruas, à excepção de alguns espanhóis que lá iam passar a Semana Santa.
No dia seguinte a
movida já era outra vez como no Verão. Lá estávamos nós, todos arquitectos, encontrando pela rua outros arquitectos.
Enfim, é sempre bom regressar a Tavira!