Hoje o DN espanta-me com um artigo em que vários politólogos opinam em sentido único, dizendo que o maior número de candidatos de esquerda à Presidência da República, fará com que o candidato da direita vença logo na primeira volta. Ora não sendo as Presidenciais eleições proporcionais, ou seja, sendo única e exclusivamente a percentagem que conta parece-me que aos politólogos lhes falta a matemática. Um maior leque de opções à esquerda fará com que mais pessoas de esquerda votem, e não se abstenham. Independentemente da eventual vitória de Cavaco na primeira volta, com 3 ou 4 candidatos à esquerda, teria sempre muita dificuldade em ter mais do que os 50 % necessários. Numa segunda volta, aí sim, interessaria concentrar todos os votos possíveis da primeira volta no candidato da esquerda que tivesse ficado em segundo, sendo que esta operação não será uma soma linear, perdendo-se sempre alguns votos pelo caminho.
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quarta-feira, agosto 24, 2005
Jerónimo de Sousa é o primeiro candidato à Presidência da República. Imaginemos se fosse o único, o que mudaria? Seria sempre mais do que com qualquer um dos outros.
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Radio Onda Rossa a rádio onde se relata as manifestações como se tratasse de um jogo de futebol. Em geral podem-nas ouvir ao Sábado à tarde aí por volta das treze horas portuguesas.
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Carrilho quer videovigilância em "zonas críticas" de Lisboa A propósito das declarações de Carrilho não posso deixar de aqui reproduzir parte de um artigo que escrevi para a revista "Cadernos Vermelhos" (publicarei o artigo na íntegra assim que a revista estiver nas bancas).
01. Segurança “Na Cidade do Rock; três minutos pela Paz e por um Mundo Melhor”. É deste modo que nos foi apresentado, no início do séc. XXI, um evento musical que pretendia acolher as maiores estrelas do momento dentro de uma área reservada numa qualquer cidade do mundo. Na sua propaganda e diria que também na sua essência, sempre esteve implícita a ideia de construir uma “outra cidade” por oposição à que existe. Uma cidade que funcionasse (para quem nela tem oportunidade de viv€r) sob a forma de um palco para a catarse humana e revestida das mais etéreas preocupações mundiais. Esta “outra cidade” (dentro da velha) é projectada a partir dos seus limites e das suas portas, como forma de controlo de acessos e revoltas. Dentro das suas muralhas existe uma outra ordem que é visível, desejada e absorvida. Partindo do exemplo de cidade que foi construída para o Rock in Rio – Lisboa, é interessante analisar as formas de construção da cidade global enquanto “ideal etéreo”, sem pobreza, migrações ou contestação e enquanto espaços de “paz e segurança”. Esta cidade murada e isolada, não é conceptualmente muito diferente da Génova do G8, da Faixa de Gaza ou da cidade de Lisboa em que a direita nos quer fazer acreditar. Foucault reconhece a natureza biopolítica da condição desta “nova cidade”. O Biopoder encarrega-se de reger e regulamentar o interior da vida social, seguindo-a, interpretando-a, assimilando-a e reconstruindo-a. Deste modo a vida torna-se um objecto de poder, à medida que a sociedade disciplinar (das fábricas, prisões e escolas) vai sendo substituída pela sociedade de controlo (dos mecanismos “democráticos” de integração e comportamento). Arundhati Roy, por sua vez, faz uma extrapolação dessa noção para o mundo globalizado, utilizando a metáfora de Frying Pan Park (1). Roy diz ver-se como um dos perus que escolheram poupar, podendo por isso falar e circular dentro do parque/mundo. Com o crescendo de insegurança alicerçada numa guerra global, a ideia de sociedade de controlo vai vingando no imaginário colectivo, veja-se por exemplo a aceitação que existe hoje dos sistemas vídeo de vigilância das ruas e praças. Por outro lado os “perus de Roy” continuam a circular livremente, só se tornando num problema quando se constituem em “massas” e se “movimentam”.
(1) Parque onde, anualmente, o Presidente dos EUA liberta o peru que escolheu poupar por ocasião de Dia de Acção de Graças, revestindo-se este ritual de uma simbologia de misericórdia guerreira. Retirado da intervenção de Arundhati Roy na abertura do III Fórum Social Mundial na Índia: Roy, Arundhati. "Do Turkeys Enjoy Thanksgiving? - Global Resistance to Empire" (http://zmag.org/content/showarticle.cfm?SectionID=15&ItemID=4873) 24 de Janeiro de 2004 [citado em Fevereiro de 2004].
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Não tendo ainda inserido no novo layout do randomblog uma coluna com links para outros blog, apetece-me distingui-los com palavras. Com textos curtos e incisivos que favorecem aqueles que como eu fazem uma leitura apressada da blogosfera e sobre tudo e sobre nada, o La Pipe é daqueles blogues que apetece sempre ler e reler.
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Por mais de duas vezes... Quando o país estava em chamas, e de acordo com António Costa, José Socrates perguntou-lhe por mais de duas vezes se deveria regressar do seu safari. Por mais de duas vezes António Costa lhe disse que não.
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Nada que não se pudesse prever... Nada para o qual não tivessemos sido avisados... Nada que não se pudesse tentar minimizar...
Por onde andam este valentes quando são precisos?
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quarta-feira, agosto 03, 2005
Mudemos o layout da página... para que suceda algo de novo...
¶ 14:260 comments
Velhas carcaças que se agitam Depois de ir "a banhos no Algarve" qualquer um sentiria aquela sensação de regresso ao passado fora de moda.
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Notícias da Resistência | desde Agosto de 2003
m@il | tiagoms3@yahoo.com.br
"(...) porque Cavaco simboliza aquilo que mais náuseas me provoca: a banalização de tudo, o sucesso ranhoso e vazio, o atropelo dos valores e das pessoas, o autoritarismo descabelado, a demagogia, o nacional-carreirismo e os favores, a aldrabice e a cunha, a indiferença, o elogio da pirosice, a ignorância e a escandalosa nulidade cultural, etc, etc..." Al berto, "NEM MAIS - jornal do movimento de jovens apoiantes incondicionais de sampaio", 1995