RandomBlog
Uma má arquitectura não afecta só o cliente.
O
Picuinhas está numa deriva anti-Ordens Profissionais, que eu subscreveria se:
quando estivesse doente não recorresse a um médico, quando viajasse de avião não achasse fundamental ser dirigido por um piloto ou quando visse um incêndio não chamasse os bombeiros.
O
Picuinhas poderá argumentar "se eu quero um bolo não é necessário que seja feito por um pasteleiro".
E aí é que está a real problemática:
o entendimento que se faz do papel social do arquitecto e necessariamente da arquitectura.
Para quê:Festejar as 1000 visitas se temos 1050?
Ouvir esta TSF pimba se podemos ver a TVI?
Um Blog?
Comunicação ao II Congresso Nacional da Ordem dos Arquitectos
Neoliberalismo, a Arquitectura faz malO Comissário Europeu para a Concorrência, Mario Monti, em resposta de 5 de Novembro de 2003, a uma normativa de Tabela de Honorários Mínimos estabelecida pela Ordem dos Arquitectos Belga disse:
"
Fixar ou recomendar honorários pode prejudicar consumidores e profissionais. É altamente duvidoso que tabelas de honorários contribuam para garantir altos níveis de qualidade. Pelo contrário, a sua não aplicação pode fazer com que os consumidores encontrem a melhor solução para as suas necessidades em termos de qualidade/preço. Os profissionais, quando existem Tabelas, não são incentivados a inovar e a tornarem-se economicamente eficientes."
Contudo estas ideias já correm há muito tempo, por essa Europa fora.
A 10 de Junho de 1997 em França, o Conselho da Concorrência proibiu a Sociedade Francesa dos Arquitectos (SFA) de estabelecer ou difundir Tabelas de Honorários .
Na Grã-Bretanha o Office of Fair Trade preveniu a RIBA que as indicações de honorários, difundidas pela organização britânica de arquitectos, podiam facilitar o conluio. Esta interpretação, levou a RIBA, a emitir tabelas de carácter histórico e de tendência, que nunca se referissem ao ano em que foram publicadas.
A estruturação da profissão a partir desta "justiça" que Mario Monti ou a inteligência Europeia defendem, não é mais que a configuração de um Neoliberalismo globalizante e avassalador.
Mário Monti, equipara a prestação de serviços de um arquitecto a uma mercadoria de supermercado. Existe uma prateleira, onde todos nos expomos e o consumidor compra aquele que tiver a relação qualidade/preço mais do seu agrado.
"Simples", "Normal" e "Justo" diria o amigo Sílvio "desenhador" de toda a periferia de Milão.
Para estes senhores esta é a sua cidade da "Justiça".
Uma cidade em que a qualidade da prestação de serviços de arquitectura é definida pelo capital do consumidor, uma cidade em que a arquitectura é colocada nas montras dos seus supermercados e nos anúncios dos seus media, uma cidade onde a "Justiça" do capital se impõe à cidadania e à polis.
Para além desta estratégia de cidade, transversal entre países da Comissão Europeia, existe também uma perspectiva para a profissão de que, sem o "Justiceiro Mercado", a classe dos arquitectos não é nem inovadora nem economicamente eficiente.
Para estes senhores, noções como "inovação" e "eficiência económica", estão indefectivelmente ligadas a negociações de honorários e transferência de capitais.
Contudo, em Portugal esta visão estratégica já começa a trilhar caminho, mais concretamente no que diz respeito às relações laborais entre arquitectos.
A condição precária do arquitecto assalariado é hoje regra e quase lei.
Não se negoceiam contratos, não existem contratos.
Procuram-se definir valores por hora ou um salário base que ronda os limiares de pobreza.
Neste sistema de ultra-liberalização do trabalho assalariado, não existe nem o 14º nem o 13º mês, estando muitas vezes o 12º mês (de férias) em causa.
A prestação do trabalho acaba quando o gabinete entender, sem que alguma vez seja reconhecido ao arquitecto assalariado a sua condição de desempregado.
No dia em que a porta se fecha resta-lhe dirigir-se à sua repartição de Finanças para dar baixa de actividade, evitando assim o "encargo" da Segurança Social.
Ou seja, quando em Portugal, falamos de trabalho assalariado em gabinetes de arquitectura, temos de ter consciência que as condições laborais estão ao nível das que existiam na Revolução Industrial, e que, a possibilidade de se avançar para algumas conquistas que reestruturem a classe, terão necessariamente de passar por uma ética e deontologia profissional regulada pela Ordem dos Arquitectos.
Ao contrário de outras áreas profissionais esta é uma situação que, afecta sobretudo as camadas mais jovens.
O jovem arquitecto, no início da sua vida profissional, depara-se com uma realidade de mercado extremamente agressiva que impossibilita qualquer perspectiva ou visão de médio prazo do seu papel social. Por isso, existe um cada vez maior êxodo de licenciados em arquitectura para o estrangeiro, em busca de uma realidade que lhes seja garante de uma vida e de uma profissão.
Contudo, embora afecte sobretudo uma faixa etária relativamente circunscrita, identifico-o como um dos problemas estruturantes da profissão e uma das matérias onde a Ordem dos Arquitectos tem um longo caminho a percorrer. Actualmente, 67.31% dos Membros Efectivos da Ordem dos Arquitectos têm menos de 40 anos e 40.90% têm menos de 33 anos.
Não posso deixar de referir neste ponto, o efeito devastador que os estágios, e mais concretamente os estágios da Ordem, tiveram no mercado de trabalho.
O boom de Estagiários em busca do estágio obrigatório, fê-los aceitar situações laborais precárias, tantas vezes inumanas, às quais raramente corresponde o salário mínimo.
A "regra de mercado", da "inovação" e da "eficiência económica" que fala o Comissário Mario Monti são em Portugal bem absorvidas com o não pagamento de salário a estagiários e, a progressiva substituição do arquitecto assalariado por um, dois ou três estagiários, baseada na irreversibilidade economicista da qualidade/custo zero.
Perante o diagnóstico feito parece-me inevitável que estas considerações dêem origem a uma proposta/recomendação ao II Congresso Nacional da Ordem dos Arquitectos para que:
se estabeleça, no novo Regulamento de Admissão, um salário mínimo para o Arquitecto Estagiário
se verifique uma posição mais pró-activa da OA em matéria deontológica e de relação laboral entre a classe.
se iniciei um processo de elaboração de tabelas de referência e comparação de honorários anuais de modo a evitar uma ainda maior desregulação do mercado
Tiago Mota Saraiva
Após 15 anos a acordar ao som da TSF, tomei hoje pela primeira vez contacto com a Revolução do dia anterior.
Acordei ao som da ANTENA1.
NEW BABYLON . CONSTANT
Neoliberalismo na Arquitectura Europeia. Sinais dos Tempos.
Primeiro acabaram com os honorários mínimos, e nós nada...
Confesso que a catalogação da minha
extrema-esquerdice me tem vindo a preocupar.
Em tempos fui apelidado de "esquerdalho", epiteto que me enchia de orgulho. Mas a catalogação do descrédito coloca-me na Extrema-Esquerda em pé de igualdade com o
Ivan, o
Anarca Constipado ou o
McMenu... pessoas que considero estarem à minha direita.
Estarei eu na Extrema Esquerda da Extrema Esquerda?
Se isso se verificar, será coerente falar ou escrever?
Será que a partir de agora não me deveria exprimir através da colocação de bombas ou de acções directas?
Até no adeus o
Cristovão de Moura deixa saudades... esse sentimento tão espanhol.
... Lá estão eles acabadinhos de chegar ao Iraque!
Isto de Bloggar está a tornar-se difícil...
A discussão de Arte#Arquitectura entre este blog e o
epiderme continuará até às calendas, assim que cada um (ou outros) queira pegar no tema... mas por agora não tenho tido vontade de escrever os textos prometidos.
Sobre o Congresso, confesso que ainda nem tive tempo para estruturar uma intervençãozinha... nem para o Random Blog... nem para Guimarães.
I PENSAMENTO DO DIA: a arquitectura é cada vez menos projecto.
II PENSAMENTO DO DIA: esqueçam a imagem da arquitectura o que interessa é a imagem do arquitecto.
um grande blog:
bolognanihilum grande link:
The Meatrix
Senti durante todo o dia este autocolante de Extrema Esquerda que o
descredito me colou.
Só o entendi quando tropecei neste blog de "esquerda" que propõe a unidade da esquerda em torno de um
bróculo.
Guterres nem em voto útil!BOMBA NELES! NO PASSARÁN!
A propósito da Extrema Esquerda existem novas entradas à direita >>>>
Não sei o que pensar, o
descredito colocou o Random Blog na sua lista de links da Extrema Esquerda. Vou tentar não
desfraldar as espectativas!
2º Congresso da Ordem dos Arquitectos
O
Linha de Rumo lançou o debate sobre o 2º Congresso da Ordem dos Arquitectos, que (pelo menos na blogosfera) poderá interessar também não arquitectos.
Conto fazer alguns posts sobre o assunto dentro de alguns dias.
Estado da Nação#Cliente da TV Cabo = Tanso
Nunca publiquei neste blog aqueles emails que circulam pela rede (por mais importantes que fossem). Contudo este alerta em tom de comédia serve à discussão do Estado da Nação.
Caríssimo Director-Geral da TV Cabo, SA
Tendo V. Exa. consciência (se não tem, é porque ainda é mais incompetente do que se poderia alguma vez pensar) de que é o patriarca do maior acampamento de ciganos de Portugal, venho por este meio expôr o meu caso por email, a forma mais simples de lhe fazer chegar esta missiva a si, mas, porque duvido MUITO das suas capacidades intelectuais, também ao Correio da Manhã, Diário de Notícias, aos milhões de clientes que a sua miserável empresa "serve" (tristes infelizes), à PT Multimédia como sua "patroa" e todos os accionistas da mesma (PT, Banco Totta & Açores, BES, BPI). Se dúvidas restarem quanto à rápida propagação destas linhas, pretendo saber quantas vezes lerá esta frase: a tua mãe, coitada, só é puta porque vossa mercê é filho dela!
Dito isto, resta-me advertir os actuais clientes acerca do que os espera: rescindi contrato com a TV Cabo (leia-se Ali Mamadou e uns quantos ladrões, inexperientes, é certo, mas eficientes), porque a Cabovisão oferecia melhores condições. Escrevi uma carta registada com aviso de recepção a expô-lo e telefonou-me uma funcionária (coitadinha, pelo que pude concluir de todos os desabafos que ouvi nos vários departamentos deste talho que alguém registou como Sociedade Anónima), peguntando-me as razões que me levaram a fazê-lo, e informando-me de que iriam levantar a box.
Alguns dias mais tarde, entraram-me pela casa dois rapazolas com ar de quem havia arrasado nem há dois minutos metade do stock disponível no Casal Ventoso, Intendente e Cova da Moura e levaram-me o material. Papéis para eu assinar? Sim, isso seria o procedimento normal de uma empresa cujos seus directores fossem licenciados por universidades razoáveis, mas não é o caso. Infelizmente, o judeu desta imensa sinagoga que se quer fazer passar por empresa credível leu a Tora e o Talmude aos funcionários onde se pode ler (sic): "Se ninguém assinar algo que prove o levantamento da box, podemos chular EUR100 a cada tuga que rescindir connosco!". O resultado está à vista: uma bela factura de um branco virginal (ao contrário do teu recto, meu proxeneta paneleirão) com a quantia supra cita! A mesma está já no Tribunal de Conflito de Consumidores que diz ter milhares de casos (retenham o que vos espera, meus caros otários clientes) e a própria funcionária do balcão de Almada disse que já estava a pensar ir trabalhar para uma bilheteira da CP, onde as queixas sempre são mais variadas.
Fazendo bem as contas, cada pneu de um carro onde figure a palavra TV Cabo vale, no mínimo, EUR25, pelo que bastam quatro deles rasgados para fazer o dinheiro que me querem sugar. Veremos então, no balanço final, a relação pneus rasgados/clientes roubados. É que não gosto de ser sodomizado, ao contrário de um Director-Geral que quase ninguém conhece, mas ainda agora a procissão de pedófilos vai no adro!
Por tudo isto, minha espécie de batráquio espongiforme, que todos sabem como consumidor assíduo de fluídos corporais testiculares dos putos do Parque Eduardo VII (e não revelo o teu nome só para dar mais trabalho à PJ, e por respeito à tua mulher, que até faz uns belos bó-bós), visitar-te-ei nos calabouços da choça lá para Janeiro, só para te cuspir nesse nariz judeu!
Um ex-cliente
El Diaz
P.S. - Para quem esteja a pensar aderir a um qualquer pacote da TV Cabo, fique sabendo que a equação é fácil e levará muito pouco tempo até que possam sofrê-la na pele:
Cliente da TV Cabo = Tanso
Marx Reloaded
Parece-me brilhante este ensaio
Marx Reloaded
Seguindo as sugestões do Epiderme fui encontrado novas paragens:
borrasdecafé5afautlretóricaepersuasão[noiteescura]salmouramo(vi)mentose velhos conhecidos que ainda não tinham sido linkados:
cruzescanhotoblogosocialportuguês
As portas que Abril não abriu...
O Reitor da Universidade de Coimbra deu ontem uma aula de Democracia e Ética Contemporânea.
Segundo o
Público o Magnífico Reitor, aproveitando a ausência temporária dos estudantes, alterou a Ordem de Trabalhos e conseguiu fazer aprovar aquilo que bem queria - as propinas mínimas.
Nem os americanos fariam melhor... Os Sírios, Franceses, Alemães e Chineses que fiquem alerta na ONU, nesta Democracia não se pode mijar.
Nas bibliotecas do passado encontrei esta alegoria:
Pede-me o ex-dissidente e professor catedrático Acácio Vitálio Folhado, que lhes farsa chegar a presente comunicação por ele proferida na última reunião da Europa Unida-Sábios Espertos Independentes (EU-SEI) sobre os eventos ocorridos no canal da trafa no passado mês.
pela MICROLEVE,
Bill Portões
Sr. Presidente
Srs. Vice-Presidentes
Srs. Adjuntos de Presidente
Srs. Adjuntos de Vice-Presidente
Srs. Sábios
Os dados vindos a público há dias sobre as Faculdades Aquáticas do Universo dos Polícias de Lisboa (FA-UPL) são de estarrecer (Flirt, 003 de 1999,5). Uma verdadeira “mafia” de cidadãos pôs o canal da Trafa, propriedade do Dr. Mikel Champalimot, ao serviço público lesando gravemente o interesse privado.
Consta do comunicado da “MARETA Canais de Portugal SA”, o relato de todos os acontecimentos aínda antes de acontecerem (o que já levou o Dra. Claúdia Pinto Carreira, dos Pinto Carreira, a defender mais uma vez a clonagem dos pardais ao ninho). Este facto antecipado, revela mais uma vez a lentidão e inépcia das forças policiais quando está em risco o interesse privado.
Esse cidadão italiano Karl Dreyer, conhecido agitador de massas, ex-dissidente de movimentos operários MIRN e MDLP e actual Presidente da Liga dos Anarquistas Para a Defesa do Estado (LIANPADES), declarou à revista PUX o seu reconhecimento pela verdadeira mobilização popular em torno dos valores da esquerda mais profunda e revolucionário.
A maior parte dos agitadores, muitos sem a necessária autorização do Presidente, estão em acumulação na defesa dos interesses privados e públicos, em áreas paralelas e concorrentes (para além das suas próprias manifestações individuais). Muitos deles, apesar de se encontrarem em regime de tempo integral, ou dedicação exclusiva aos interesses privados, “dão um perninha” nas manifestações pelo interesse público. Pior do que tudo isso, um bom número desses agitadores, também desempenha actividades de direcção das mesmas.
O Ministro da Solidariedade Privada, em colaboração com a Inspecção Geral dos Assuntos Alheios e a entidade patronal Opus Day, já anunciou um subsídio suplementar a todos aqueles que demonstrem capacidade económica para se habilitarem. Esta medida foi aplaudida em uníssono por todos os partidos paralamentares, à excepção daqueles que não gostaram da medida e que insistem nas coisas do costume.
Para além desta brilhante iniciativa do actual governo, que não quer continuar a contemporizar com a brandura e irresponsabilidade até há pouco prevalecentes, sugiro que seja desde já fechado o canal da Trafa e que se encomende um estudo técnico, e pouco artístico, ao Departamento de Urbanismo do IZB, com base num Caderno de Engargos, Mapa Orçamental, e Calendarização de Obra rigorosos.
Este estudo deverá apontar no sentido do progresso e desenvolvimento equilibrado, entulhando os canais para aí fazer submergir mais uma autopista ecológica, com parques naturais nas rotundas e separador central de reserva ecológica.
Disse.
Benfica
O
lobo mau num laivo de anti-benfiquismo diz: "Jaime Antunes é o que está mais longe de ser preso" e daí defendia que o dito Sr. seria o melhor candidato às eleições do Benfica.
Contudo eu continuo a defender o Guerra Madaleno.
Primeiro porque teve poucos votos (o que só lhe dá credibilidade) depois porque desconfio das pessoas que nunca foram detidas preventivamente, que não têm casos em tribunal ou que nunca foram escutadas.
[
de volta a Lisboa e com um optimismo moderado]